sábado, 6 de novembro de 2010

O touro de controle remoto


Yale, encarava um touro imenso. O animal tomou distância, e arremeteu contra o cientista, ganhando cada vez mais velocidade. Delgado, embora aparentemente indefeso, não expressava medo. Quando o touro estava a poucos centímetros, o cientista sacou um controle remoto e apertou um botão. O aparelho enviou um sinal para um chip implantado no cérebro do animal que imediatamente parou, bufando algumas vezes e, em seguida, se afastando pacificamente.

O experimento de Delgado na arena foi uma demonstração da habilidade de seu “stimoceiver” de manipular o comportamento. O stimoceiver era um chip de computador, operado via controle remoto, que poderia ser usado para estimular diferentes regiões do cérebro do animal. Tais estímulos produziam uma variedade de efeitos, incluindo o movimento involuntário dos membros, a indução de emoções como amor ou ódio e inibição de apetite.

É de se surpreender que um experimento que parece tanto ficção cientifica tenha ocorrido em 1963. Durante as décadas de 70 e 80 os pesquisadores da área de estímulos elétricos do cérebro foram desaparecendo, estigmatizados pela idéia de que seus experimentos poderiam controlar a vontade e os desejos das pessoas.

Recentemente a área tem entrado e evidência novamente com relatos de ratos, pombos e até mesmo tubarões controlados por controle remoto.

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