Mas, como essas partículas que formam os átomos são complexas e delicadas, o único jeito de transportar corretamente todos os seus dados sem sofrer interferência dos equipamentos é fazer com que as partículas possam se comunicar de forma instantânea, mesmo sem ter nenhuma ligação física. Esquisito, não? Mas o entrelaçamento, nome dessa condição surreal, é a chave para o teletransporte. "Ele permite montar partículas com propriedades idênticas mesmo que uma esteja longe da outra", diz o próprio Charles Bennett, criador dessa teoria de teletransporte. Só para dar um exemplo: em um teletransporte entre São Paulo e Plutão, se uma partícula fosse alterada por aqui, a outra se modificaria instantaneamente no distante planeta. O mais incrível é que essa idéia maluca já funcionou na prática.No final da década de 90, o físico inglês Samuel Braunstein, da Universidade de York, na Inglaterra, usou o entrelaçamento para teletransportar um feixe de raio laser em um laboratório. "Mas os elementos luminosos são muito mais simples que um átomo. Para teletransportar uma pessoa, a quantidade de informações seria trilhões de vezes maior. Resta saber quando lidaremos com isso de forma precisa", diz Braunstein.
Nenhum comentário:
Postar um comentário