sábado, 21 de julho de 2012

A Floresta Encantada da Transilvânia

A imagem mostra, supostamente um OVNI sobrevoando a floresta. 
FONTE DE TODAS AS IMAGENS DESTA MATÉRIA:  INSTITUTO DE PSICOLOGÍA PARANORMAL/Argentina. [http://www.alipsi.com.ar/e-boletin/e-boletin-psi-vol1-N2-mayo2006.htm]
TRANSILVANIA/ROMENIA. O lugar é chamado de Triângulo das Bermudas da Transilvânia mas seu nome geográfico é Floresta de Hoia-Baciu, localizada no Condado de Cluj (Cluj County) - Romênia. É uma floresta densa, fechada, que ganhou notoriedade nos anos de 1960, mais precisamente em 18 de agosto de 1968 - quando o biólogo Sift Alexandru divulgou impressionantes fotografias de um OVNI sobrevoando o bosque.
Enquanto a imagem da esquerda pode ser entendida, muito possivelmente, como OVNIs, a outra - à direita, é simplesmente algo tão estranho que beira ao imcompreensível.
A fama da Floresta como lugar misterioso consolidou-se antes mesmo dadécada de 1960, depois que ali desapareceu um pastor junto com suas 200 avelhas.

O caso foi investigado; as buscas duraram vários dias mas nenhum indício, sequer - foi encontrado. Muitos acreditam que o pastor não morreu, já que nenhum sinal de cadáver, dele ou de suas ovelhas jamais foram achados. Assim, dizem que ele e seu rebanho foram tragados por um portal de passagem para outra dimensão.

A floresta fornece outras razões que reforçam sua fama de lugar sobrenatural. As poucas pessoas que ousaram entrar mais profundamente em seu território - e conseguiram sair - sofreram lesões inexplicáveis: erupções de pele, queimaduras, dores de cabeça, desidratação, outros sintomas de mal-estar e até amnésia.

Sobre essa particular anomalia, a perda da memória, há o registro do caso de uma menina de cinco anos que entrou na floresta e lá desapareceu. Mais uma vez, buscas foram infrutíferas.

A garota reapareceu cinco anos mais tarde, sem nenhuma alteração etária (ou seja, continuava com seus cinco anos de idade), estava vestida com as mesmas roupas que usava na ocasião em que sumiu e não tinha nenhuma lembrança do quê tinha lhe acontecido.

Em toda a área da floresta, pesquisadores constataram, os dispositivos eletrônicos falham ou, simplesmente, tornam-se inoperantes. Este é um fato de reforça de idéia de ali encontra-se algum tipo de portal interdimensional ou, no mínimo, um campo anômalo de energia eletromagnética.

Mais recentemente, um repórter-investigativo, trabalhando para uma série de televisão que trata de temas do paranormal, visitou a floresta. Não pôde levar a cabo seu trabalho. Sofreu uma espécie de ataque fantasma: seu corpo ficou coberto de arranhões enquanto suas vestes permaneceram intactas.

As lesões eram semelhantes àquelas que teriam sido produzidas pelas garras de um animal. O repórter conseguiu sair da floresta em uma ação de verdadeira fuga e decidiu não mais retornar ao local.

A atividade paranormal parece concentrar-se especialmente em uma área da floresta onde não existe nenhuma vegetação. É um círculo perfeito delineado pelas árvores do perímetro. Nada cresce ali. Amostras do solo deste lugar foram colhidas para análise mas os resultados não revelaram qualquer anormalidade da terra.

Atualmente, a Floresta de Hoia-Baciu é considerada um dos lugares de maior ocorrência de aparições sobrenaturais, OVNIs ou luzes estranhas e outros fenômenos inexplicáveis.

A formação nebulosa branca não aparecia, aos olhos do fotógrafo, na hora em que a fotografia foi feita.  Ao ver o resultado - depois, a excurcionista cogitou que esta entidade poderia ser seu "anjo da guarda".
Nos últimos anos os fenômenos têm-se intensificado e os midia nacionais (meios de comunicação de massa romenos) tentam - em vão - encobrir esses fatos.

O avistamento mais recente foi relatado por uma menina: elaviu uma criatura humanóide muito alta, de cabelos ruivos e olhos azuis muito brilhantes, que que a garota descreveu como espadas flamejantes. Vestia uma roupa imaculadamente branca e identificou-se como chefe de uma Legião Celeste.



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Stubbs, o Prefeito Felino do Alaska

Stubbs, o prefeito - em seu horário de atendimento ao público.


ALASKA. Na pequena cidade de Talkeetna, que tem uma populaçãode cerca de 800 habitantes, o prefeito chama-se Stubbs e é um gato. Verdadeiramente: um felino quadrúpede. Ele ocupa o cargo há 15 anos e sua popularidade continua em alta.

Lauri Stec, gerente da Store Naglei (uma loja) e secretário da prefeitura comentou: Ele não aumenta impostos, não interfere nos negócios e é perfeitamente honesto.

Quando Stubbs foi eleito, naquele período de eleições, os moradores não estavam satisfeitos com nenhum dos candidatos humanos. Stubbs ganhou o pleito na condição de candidato independente. Na época, era apenas um filhote que compartilhava uma caixa com outros gatinhos.

A região onde a cidade está localizada é considerada uma zona histórica e - em Talkeetna, o cargo de prefeito é mais simbólico que funcional, explicou Andi Manning, presidente da Câmara de Comércio local.

O funcionário da prefeitura de Talkeetna, Farrar Skie, responsável pelo bem estardo prefeito conta: Eu cuido dele diariamente e ele é muito exigente. Ele mia (!) e exige ser colocado em uma vitrine longe do contato "pessoal" com turistas. Depois das aparições públicas, costuma tirar uma longa soneca. Além disso, gato-autoridade usa seu tempo livre para passear por toda a cidade.

Porém, o prefeito dá mais lucro que despesas. Tornou-se uma grande atração turística municipal. Ele atrai centenas de visitantes que param em Talkeena somente para vê-lo em meio à viagens com destino a outros lugares, como Monte McKinley, por exemplo.

Em seus passeios, Stubbs pode aparecer sem aviso em qualquer lugar e surpreendeu um cidadão com sua lealdade e solidariedade. Todd Basillone, proprietário de uma pizzaria (que o gato costuma freqüentar) não esquece: Em 2002, quando meu restaurante sofreu um incêndio ele estava lá; e foi o último a sair.



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O Misterioso Ambiente Dentro do OSNI do Mar Báltico

O Objeto Submarino Não-Identificado (OSNI ou, em inglês USO) do Mar Báltico continua envolto em mistério. Recentemente, divulgado que a estranha formação estava apresentando dificuldades impensadas para ser investigada: equipamentos elétricos e eletromagnéticos simplesmente param de funcionar quando chegam à uma proximidade de 200 metros do objetivo. Até as câmeras de vídeo ficam inoperantes.

Especulou-se, então, que o objeto poderia ser uma instalação de espionagem ou mesmo uma arma desconhecida - alemã, datada da Segunda Guerra Mundial.

No começo deste mêsde julho, o Pravda/English publicou uma matéria sobre o assunto revelando detalhes minuciosos da estrutura que tornam a descoberta ainda mais enigmática.

Localizado 275 metros abaixo da superfície da água, sua forma tem sido comparada à de um cogumelo porque o disco, em si mesmo, com 180 metros de diâmetro e 4 metros de espessura (ou altura) esta fixado sobre uma base cilíndrica, um pilar - que se eleva a 8 metros do leito do mar e tem, por sua vez, um diâmetro de 60 metros.



O disco é um círculo perfeito e, em seu topo, distingue-se uma esfera com quatro metros de diâmetro que apresenta irregularidades em sua superfície. As irregularidades, também esféricas, parecem canais de combustão, como se por elas tivesse passado o fluxo de alguma forte fonte de calor (que o texto do Pravda define como áreas ardidas ou fogueiras).

Também surpreendente é o quê as varreduras do sonar 3-D têm revelado dentro do objeto: paredes lisas, corredores e uma escadaria que leva paraa parte inferior da estrutura.

Essas paredes internas são perfeitamente alinhadas em ângulos retos, de 90 graus, em ralação ao piso. Além disso, o sonar mostrou, dentro do disco, a existência de uma passagem que assemelha-se a uma janela gótica (em arco). Agora, novas especulações surgem e há quem arrisque supor que o OSNI do Mar Báltico é um portal de transcendência Espaço-Tempo.

Nesta segunda quinzena de julho (2012) os mergulhadores Equipe Ocean-X, liderada por Peter Lindberg e Asberg Dennis (da Suécia) voltarão ao fundo do Golfo de Bótnia acompanhados de por um novo grupo de peritos investigadores.



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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Operação Condor

Antes...

A Operação Condor (também conhecida como Carcará, no Brasil) foi uma aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do Sul — Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai — criada com o objetivo de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras e eliminar líderes de esquerda instalados nos seis países do Cone Sul.

Montada no início dos anos 1960, durou até a onda de redemocratização, na década seguinte. A operação, liderada por militares da América Latina, foi batizada com o nome do condor, abutre típico dos Andes que se alimenta de carniça, como os urubus. Estima-se que a Operação Condor resultou em mais de 400 mil torturados e 100 mil assassinatos.

Os países participantes foram o
Brasil, a Argentina, o Paraguai, o Uruguai e o Chile. O governo do general Hugo Banzer na Bolívia também colaborou.
A ação foi conjunta e o governo norte-americano dela tinha conhecimento, conforme demonstram documentos secretos divulgados pelo Departamento de Estado em 2001. Entretanto, o governo dos EUA alega que dentre todos os papéis liberados, nada há que comprove a participação ativa dos Estados Unidos na Operação Condor.

A função principal era neutralizar os grupos de esquerda, que tinham como objetivo derrubar as ditaduras então vigentes e substituir por um governo nos moldes soviéticos, opositores aos governos ditatoriais - Tupamaros no Uruguai, Montoneros na Argentina, MIR no Chile, ALN no Brasil, etc - que se opunham aos regimes militares montados na América Latina. O primeiro passo da Operação Condor foi executar a imediata unificação de esforços de todos os aparatos repressivos dos países participantes.



Hoje...



Golpe no Paraguai revela nova face da Operação Condor
Em entrevista à Carta Maior, o mais importante ativista dos direitos humanos paraguaio, Martin Almada, disse que o golpe que destituiu Fernando Lugo da presidência revela a atualidade da Operação Condor, a maior ação articulada de terrorismo de estado já imposta ao povo latino-americano. Para Almada, essa nova Condor é muito mais abrangente do que a iniciada em 1964, no Brasil: é mais suave, global e revestida de uma capa pseudodemocrática, por meio da cooptação dos parlamentos.

Prêmio Nobel da Paz alternativo, foi Almada quem descobriu, no Paraguai, na década de 90, o chamado “arquivo do terror, que contém os principais registros conhecidos da Operação Condor, a articulação dos aparelhos repressivos do Brasil, Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai que, a partir da década de 1960, sob a coordenação dos Estados Unidos, garantiram o extermínio das forças resistentes à implantação de um modelo econômico favorável aos interesses das oligarquias locais e das multinacionais que elas representam.
O ativista está em Brasília justamente para participar, nesta quinta (5), de um seminário sobre a Operação, promovido pela Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça da Câmara.

Confira a entrevista:

- Como se deu a articulação do golpe que destitui Fernando Lugo da presidência do Paraguai? 

Foi uma trama muito bem montada pela direita paraguaia. E quando digo direita paraguaia, me refiro à oligarquia Vicuna, aos grandes fazendeiros, me refiro aos donos da terra, os plantadores de soja transgênica, me refiro às multinacionais, como a Cargil e a Monsanto, e também aos partidos tradicionais ligados a essas oligarquias. É um caso muito particular de golpe.

- Mas é possível compará-lo, por exemplo, com o golpe que ocorreu em Honduras?

Ao contrário do que muitos dizem, não se pode comparar. Foram golpes completamente diferentes. Em Honduras, o exército norte-americano interviu, junto com as tropas hondurenhas. A embaixada americana teve uma atuação clara. O presidente caiu em sua cama. No Paraguai, tudo foi articulado via parlamento, que é a instituição mais corrupta do país. No fundo, é claro, sem aparecer, também estava a embaixada americana. Mas sua participação se deu através das organizações não governamentais (ONGs) e dos órgãos de inteligência. Normalmente, um golpe de estado, como ocorreu em Honduras, se dá com tiroteio, bomba, pólvora, morte. No Paraguai, não houve tiroteio, não houve pólvora. O que rolou foi muito dinheiro, muitos dólares.

- E como se comportou a imprensa paraguaia?

Os meios de comunicação estavam todos a serviço do golpe. É por isso que digo que foi um golpe perfeito: quando o presidente golpista assumiu, se cantou o hino nacional com uma orquestra. E uma orquestra de câmara. Foi um golpe planificado com muita antecipação.

- E onde estava o povo, os movimentos organizados que não saíram às ruas?

O presidente Lugo cometeu muitos erros. Primeiro, quando ocorreu a morte de sete policiais e onze camponeses, eu penso, como defensor dos direitos humanos, que tanto a polícia quanto os camponeses eram inocentes. Aquele conflito foi uma trama. Os policiais usavam colete à prova de balas, mas os tiros ultrapassaram estes coletes. E nós sabemos que as armas usadas pelos camponeses são muito artesanais. Não teriam essa capacidade. O que nós imaginamos é que haviam infiltrados com armas muito potentes. E Lugo, após o conflito, fez uma declaração péssima: condenou os camponeses e prestou condolências aos familiares dos policiais. Isso caiu muito mal. Segundo, Lugo firmou uma lei repressiva, uma lei de tolerância zero. Outro erro de Lugo foi firmar acordo com a Colômbia para assessorar a polícia paraguaia.

- Para tentar se manter no poder, ele fez concessões à direita que o desgastaram com as classes populares. É isso?

Exatamente. Então, no momento do golpe, o povo não saiu às ruas. Na verdade, foram dois motivos. Primeiro, a frustração, a indignação e o desencanto com Lugo. Segundo, no Paraguai, as pessoas com mais de 40 anos têm muito medo. Porque nós não vivemos 20 anos de ditadura. Nós vivemos 60. Então, só os jovens saíram às ruas. Aliás sempre, no Paraguai, as manifestações de ruas são protagonizadas por jovens, que tem uma coragem admirável.

- Como o senhor avalia a posição dos demais países do Mercosul e da Unasul de condenarem o golpe?

Este golpe foi um golpe ao Mercosul, um golpe à Unasul, porque Lugo tinha boas relações com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com o presidente da Bolívia, Evo Morales... e isso desagradava. Lugo, com todos os seus defeitos, melhorou a saúde do povo, melhorou a educação, deu alimentação nas escolas, comida, merenda. Nem tudo estava mal. Mas ao invés de premiar Lugo, o castigaram. É por isso que acreditamos que foi um golpe à unidade regional. Uma conspiração contra a unidade da região, contra a pátria grande com que sonhou Martin Bolívar para todos os latinoamericanos. Isso atenta contra todos. Pode ocorrer, amanhã, aqui, na Argentina... na Bolívia tentam um golpe de estado, no Equador também.

- Então, como na Operação Condor, é uma ameaça a toda a América Latina?

O golpe no Paraguai é a Condor se revelando. É prova que a Condor está se revelando com outro método. Uma Condor mais moderna, mais suave e mais parlamentar.

- E como o campo progressista pode reagir?

Esta reunião aqui no parlamento brasileiro para tratar da Operação Condor, por exemplo, é de extrema importância. Porque já é possível identificar três fases desta Operação. A primeira, que começou aqui no Brasil, em 1964, com a queda do presidente João Goulart, era uma Condor bilateral: Brasil-Argentina, Brasil-Paraguai, Brasil-Uruguai. A segunda, em 1975, já era uma Condor multilateral, com um acordo ratificado entre as ditaduras dos cinco países. Agora, a Condor é global. Depois dos eventos de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, se revelou que havia centros clandestinos de tortura americanos até na Europa. Portanto, há uma Condor global. E nós temos que entender o que é a Operação Condor, como ela funciona, quem a dirige... porque quem dirige a Condor é também quem dirige a Organização das Nações Unidas, o Pentágono, a máfia das drogas...


Na midia...

O Senado paraguaio definiu pela destituição de Fernando Lugo da presidência do país. Com 39 votos a favor, 4 contra e duas abstenções, os senadores decidiram, no início da noite desta sexta-feira, por aprovar o processo de impeachment.

Acusado de desempenhar mal suas funções como presidente, Lugo não compareceu ao Senado para participar da sessão.
Agora, o vice-presidente Frederico Franco governará o país até o resultado das próximas eleições, marcadas para daqui a dez meses.
Os deputados deram entrada no pedido de impeachment com base na morte de 11 trabalhadores sem-terra e de seis policiais em um confronto armado ocorrido na última sexta-feira.

De acordo com a Constituição paraguaia, com a destituição Fernando Lugo não poderá mais se candidatar ao posto mais alto do executivo do país. No entanto, ele se torna automaticamente senador vitalício.

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sábado, 7 de julho de 2012

Partícula de Deus



Depois de quase 50 anos defendendo a existência de uma nova partícula subatômica, apelidada de “a partícula de Deus” — já que teria dado origem à massa de todas as outras partículas –, o cientista britânico Peter Higgs, pai desta teoria, disse nesta sexta-feira (6) que “é bom ter razão de vez em quando”.

Na última quarta-feira (4), cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) anunciaram a observação de uma partícula subatômica inédita até então. Eles veem fortes indícios de que se trate do “bóson de Higgs”, única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.

Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.

É muito agradável ter razão de vez em quando (…) foi uma longa espera”, admitiu o físico durante a coletiva.

E o Nobel vai para…?
Higgs concedeu uma coletiva de imprensa na Universidade de Edimburgo, na Escócia. Conhecido por sua modéstia, o professor aposentado de 83 anos deu pouca importância aos comentários de cientistas famosos de que seria o favorito para vencer o Prêmio Nobel. “Não sei, não tenho amigos no Comitê Nobel”, comentou.

Indagado sobre o que vai fazer no futuro, Higgs disse que quer simplesmente continuar com sua vida de aposentado. “O único problema, creio, é que terei de escapar da imprensa”, brincou.

Em 1964, Peter Higgs postulou a existência de uma partícula subatômica, que os físicos do Cern afirmam ter, talvez, encontrado depois de uma longa busca.

Quando teve a intuição de um “campo” que se assemelha a uma espécie de cola, onde as partículas ficariam mais ou menos presas, Higgs disse ao antigo colega Alan Walker: “Ah, que m…., eu sei como fazer!”

O físico publicou um artigo sobre sua teoria, que acabou se tornando o carro-chefe de uma escola científica para a qual vários físicos têm contribuído ao longo dos anos. Tímido e sossegado, Higgs leva uma vida pacata em Edimburgo, onde deu aulas por muitos anos.

‘Partícula de Deus’
O “bóson de Higgs” ganhou o apelido de “partícula de Deus” em 1993, depois que o físico Leon Lederman, ganhador do Nobel de 1988, publicou o livro “The God Particle” (literalmente “a partícula de Deus”, em inglês), voltado a explicar toda a teoria em volta do bóson de Higgs para o público leigo. Ainda não há edição desse livro em português.

A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza que se trate da “partícula de Deus”. Para isso, eles vão coletar novos dados para observar se a partícula se comporta com as características esperadas do bóson de Higgs.

As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.

Essa máquina, considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá até o momento.

Mas, e agora?
A descoberta foi confirmada por especialistas do CMS e do Atlas, dois grupos de pesquisa independentes que fazem uso do LHC. Apesar de usarem o mesmo acelerador de partículas, as duas colaborações científicas trabalham com detectores diferentes e seus resultados são paralelos. Os resultados antecipados ainda serão publicados em revistas científicas.

Os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou “GeV”.

No anúncio, o CMS disse que observou um “novo bóson com a massa de 125,3 GeV” – com margem de erro de 0,6 GeV para mais ou para menos – “em 4,9 sigmas de significância”. Esses “sigmas” medem a probabilidade dos resultados obtidos. O valor de 4,9 sigmas representa uma chance menor que um em 1 milhão de que os resultados sejam mera coincidência. Por isso, os cientistas consideram esse número como uma confirmação da descoberta. O próximo passo dos cientistas é testar os vários decaimentos decorrentes dessa partícula. Se os resultados continuarem sendo coerentes com o Modelo Padrão, será confirmado que ela é mesmo o bóson de Higgs.

Mas, o que é exatamente?
 Para entender o que ela tem de divino, responda: qual é a diferença entre você e um raio de luz?

"Nenhuma" seria a resposta há 13,7 bilhões de anos, no instante em que o Universo nasceu. Nesse estágio embrionário do Cosmos, a grandeza física a que chamamos massa ainda não existia. Nada tinha peso. A matéria que forma o seu corpo hoje era só uma coleção de partículas subatômicas se movendo à velocidade da luz. E aí é que vem a bênção. Certas partículas, os bósons de Higgs, estavam espalhadas por cada milímetro do Universo. Uma hora elas se uniram e, num processo similar ao vapor d'água se transformando em água líquida, e formaram um "oceano" invisível - o Oceano de Higgs. Para algumas das outras partículas que vagavam por aí não fez diferença, caso dos fótons, que passavam (e ainda passam) batidos por esse oceano. Para outras, fez toda. Caso dos quarks (as que formam basicamente todo o seu corpo). Do ponto de vista delas, o Oceano de Higgs era (e ainda é) como um óleo denso. E à força que os quarks fazem para atravessar esse óleo nós damos o nome de massa. Em suma: sem os bósons de Higgs, a matéria não existiria - já que "matéria" é tudo o que tem massa.


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