quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dedo da morte: Fenômeno raro e mortal no fundo do oceano

O brinicle, é uma coluna de gelo submarina que mata todos os seres vivos de que se aproxima.

Um fenômeno natural raro, que ocorre apenas em águas geladas, foi filmado pela primeira vez na Antártida, por uma equipe da BBC. Conhecido como “brinicle” (sem tradução para o português), o fenômeno consiste em colunas de gelo que se formam no interior do oceano, matando todos os seres vivos de que se aproxima.

O brinicle se forma em mares muito calmos, onde a temperatura do ar é muito mais baixa do que a temperatura da água. Assim, uma pequena geleira é formada na superfície, com uma concentração altíssima de sal. Por ser muito gelada e salgada, sua densidade é maior que a água embaixo dela. Isso a faz cair, criando uma coluna de gelo que cresce sem parar.

Ao chegar ao fundo do oceano, o brinicle se expande pelo chão, matando todos os seres vivos de que se aproxima, como as estrelas do mar. Esse processo leva no total de cinco a seis horas, segunda a equipe da BBC. O vídeo mostra a formação completa de um brinicle por meio da técnica de time-lapse, o que reduziu o fenômeno a menos de dois minutos.


Confira a seguir:

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Exoesqueletos da ficção para a realidade

Correr dezenas de quilômetros sem suar, pular distâncias equivalentes a um campo de futebol e levantar toneladas com nenhum esforço. Algo que parece restrito aos super-heróis que povoam os quadrinhos, cinemas e jogos, mas que está cada vez mais próximo de se tornar realidade.


Surgidos na ficção produzida durante o século XIX, os exoesqueletos projetados para o uso humano estão a cada dia mais próximos de serem produzidos em larga escala. Com isso, em um futuro próximo, devemos ver o surgimento de soldados com o poder de fogo e resistência semelhantes ao do Homem de Ferro, ou vítimas de acidentes que voltaram a viver normalmente com a assistência de equipamentos especiais.



Da ficção para a realidade

Como o nome deixa claro, um exoesqueleto se trata de uma espécie de esqueleto artificial usado de forma externa pelo usuário, quase como se fosse uma roupa. Através do uso de metais resistentes e truques da engenharia moderna, esses acessórios ampliam em diversas vezes a capacidade física de uma pessoa. Em resumo, é possível pensar neles como robôs que devem ser “vestidos” para funcionar.


A primeira descrição de um exoesqueleto data de 1868, no livro “O Homem de Vapor das Planícies”, escrito por Edward Sylvester Ellis. Na história, o narrador conta as aventuras do jovem Johnny Brainerd, que utiliza um mecanismo com características humanoides capaz de atingir 96 quilômetros por hora, usado principalmente para espantar búfalos e aterrorizar tribos indígenas.


O primeiro exoesqueleto real surgiu em 1961, em um projeto do Pentágono que tinha o objetivo de desenvolver um robô que pudesse ser vestido. Porém, esse e outros planos desenvolvidos nas décadas seguintes pouco progrediram na construção viável dos pontos de vista mecânico e econômico.
A situação mudou a partir do ano 2000, quando a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada em Defesa (DARPA), anunciou um programa que destinou US$ 50 milhões ao desenvolvimento de “exoesqueletos para aumento da performance humana”.


O objetivo do projeto bem sucedido era a criação de dispositivos que não só aumentassem a força e velocidade de uma pessoa, mas que também permitissem o uso individual de armas pesadas e providenciassem maior resistência a projéteis e agentes químicos. Além disso, os aparelhos também deveriam cansar pouco o usuário e providenciar mais espaço para o transporte de medicamentos, munição e alimentos.



Raytheon XOS 2

Um dos exoesqueletos mais promissores resultantes do projeto financiado pela DARPA é o XOS 2, segunda geração dos equipamentos desenvolvidos pela Raytheon. A roupa mecânica permite ao usuário carregar facilmente pesos de 90 quilos, e tem força suficiente para destruir facilmente placas de madeira de três polegadas.

O dispositivo surpreende pela agilidade, permitindo que o usuário realize ações simples como chutar uma bola de futebol, atingir repetidas vezes um saco de boxe ou subir escadas e rampas com diferentes inclinações. O objetivo inicial do aparelho é auxiliar na logística dos campos de batalha, ao permitir que soldados transportem com mais facilidade munições e outros suprimentos.

Segundo a Raytheon, o exoesqueleto é capaz de triplicar a capacidade de trabalho do usuário, o que deve ocasionar em redução de gastos na contratação de funcionários, além expor menos vidas humanas a riscos em situações de combate. O maior desafio enfrentado pela equipe de desenvolvedores é o alto consumo de energia – somente após resolver essa limitação é que se dará início a produção de uma versão de combate do XOS 2.



HULC
O principal adversário do XOS 2 pela preferência dos militares norte-americanos é o HULC (Human Universal Load Carrier), projeto inicialmente desenvolvido pela Berkeley Bionics e que agora está a cargo da Lockheed Martin. O dispositivo fica encaixado às pernas do usuário, permitindo a adição de diversos acessórios que ampliam suas possibilidades.

Assim como o XOS 2, o HULC pode erguer pesos de até 90 quilos. A principal diferença para o concorrente está no fato de que o aparelho dispensa o uso de fontes externas de energia, dispondo de baterias internas com duração de até 72 horas. Além disso, o foco da invenção está em ajudar soldados a carregar o equipamento utilizado em situações de batalha, em vez de simplesmente ajudar no transporte de itens variados.


HAL
Um dos exoesqueletos mais surpreendentes disponíveis atualmente não tem ligações com a DARPA, sendo resultado de uma pesquisa feita pela Universidade de Tsukuba, no Japão. O HAL (Hybrid Assistive Limb) tem como público-alvo idosos e pessoas que sofrem com algum tipo de limitação física.


O dispositivo se destaca por operar a partir de sinais enviados pelo cérebro do usuário, dispensando qualquer tipo de esforço físico. Segundo os desenvolvedores, o dispositivo amplia em 80% a força dos membros do usuário, permitindo que até mesmo pessoas com lesões graves na coluna voltem a caminhar.


Os primeiros testes hospitalares do HAL 5 serão iniciados em 2012, com fim programado para algum momento entre 2014 e 2015. Yoshiyuki Sankai, professor da universidade responsável pelo design do aparelho, em um futuro próximo a invenção poderá ser alugada por cerca de 70 mil Yen (US$ 590) mensais, incluindo uma taxa adicional para manutenção.

5 Invenções diferentes

1 - Condutores Elásticos 

Condutores elásticos oferecem avanços para "wearable computers" Já existem muitas notícias sobre os “wearable computers”, ou seja, gadgets ou computadores que podem ser usados como acessórios de moda ou peças de roupa. Mas pesquisadores japoneses resolveram levar esse conceito a um patamar muito maior. A “malha” exibida abaixo é, na verdade, um material elástico feito com nanotubos de carbono e capaz de conduzir energia elétrica por meio de transistores. Com ela seria possível construir máquinas completamente flexíveis, a ponto de serem esticadas até dobrarem de tamanho e voltarem ao normal sem que fossem danificadas.



2 - Alumínio Transparente 

Latas de refrigerante ficariam mais bonitas com alumínio transparente Imagine um material resistente como o aço e transparente como o vidro. Impossível? Não mais. Apesar de a ideia ter origem em um dos filmes de Jornada nas Estrelas, o alumínio transparente já é um produto real e, além disso, muito desejado pela indústria militar. Em um mundo cada vez mais preocupado com a segurança, a existência de um alumínio transparente favorece o aparecimento de janelas mais resistentes a tiros ou grandes impactos, ideais para automóveis e aviões.




3 - Ferrofluido

Imagine um líquido que pode reagir a campos magnéticos. Bizarro, não? Mas isso existe e tem o nome de “ferrofluido” ou “fluido magnético”. Graças às nanopartículas ferromagnéticas de hematita ou magnetita, esse material pode interagir com ímãs e assumir formas muito curiosas, como pode ser constatado no vídeo acima. As aplicações do ferrofluido são bem variadas. Capaz de ser usada como redutora de atrito, a substância se torna muito conveniente para a engenharia mecânica. Além disso, a NASA tem estudado o uso do fluido magnético como base de um sistema de altitude para suas aeronaves. Ainda, como se não bastasse, a medicina pode usar o líquido como contraste em exames de ressonância magnética, ajudando, inclusive, na detecção de câncer.


4 - Aerogel 

Aerogel, um dos materiais mais leves e menos densos do mundo Esse é o preferido da galera do Tecmundo. Já publicamos um artigo sobre ele, mas caso você não se lembre, o aerogel é um material leve como o ar, mas resistente como o aço. Além disso, a aparência desse material é tão futurista quanto à do ferrofluido. Existem diversos usos práticos para o aerogel. A NASA, por exemplo, já usou o material para capturar partículas de poeira espacial, e o sólido serve como um ótimo isolante térmico, chegando a ser 39 vezes mais eficaz do que a melhor fibra de vidro térmica que existe atualmente.



5 - Fluido não newtoniano 

Grosso modo, podemos dizer que um fluido é considerado não newtoniano quando não tem uma viscosidade bem definida e pode se solidificar ao ser submetido a uma tensão. Um bom exemplo são aquelas piscinas cheias de água e amido de milho, usadas em alguns programas de auditório da televisão. Ao pisar fortemente sobre o líquido, ele se solidifica momentaneamente e o participante consegue correr sobre a “água”. A indústria militar pretende usar esse tipo de comportamento em trajes de combates. A ideia é que a roupa especial seja suave e confortável durante a maior parte do tempo, mas que se enrijeça rapidamente ao receber o impacto de uma bala disparada pelo inimigo. Pensando melhor, essa talvez seja uma boa ideia até mesmo para as vestimentas civis. Dessa forma, as pessoas ficar mais seguras e, ao mesmo tempo, continuar na moda.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Caso Roswell



Em Roswell, Novo México, no dia 08 de Julho de 1947, o jornal da cidade, Roswell Daily Record, publicou em sua primeira página a notícia que o Grupo de Bombeiros da Força Aérea do Exército dos EUA, tomaram posse de destroços de um suposto disco voador. A notícia causou impacto na cidade, mas no dia seguinte, o jornal desmentia a história dizendo que não se passava de um balão metereológico.

Os destroços do OVNI fora encontrado pelo fazendeiro, William "Mac" Brazel, que em entrevista ao jornal relatou como achou os destroços. Ele disse que no dia 14 de Junho, enquanto andava a cavalo com o seu filho, encontrou-se com os destroços a 12 quilômetros do rancho em que vivia. No entanto, o fazendeiro estava acostumado a encontrar restos de balões metereológicos, não deu a devida atenção, contudo, visivelmente agitado pela descoberta, no dia 04 de Julho, ao lado de sua esposa, retornou ao local e recolheu parte do material. No mesmo dia, revelou o que encontrará aos vizinhos que lhe disseram que alguns jornais poderiam oferecer 3.000 doláres por uma pequena prova dos "discos voadores", assunto que tomou a mídia devido as declarações do piloto Kenneth Arnold feitas no mês anterior.

Arnold relatou que, ao sobrevoar o Oregon, avistou alguma coisa que pareciam naves voando em formação. Descreveu seu movimento como pedras ou discos deslizando sobre a superfície de um lado. A imprensa, sem perder tempo, já começou a utilizar o termo "disco voador" para excitar a imaginação do mundo, o que conseguiram com maestria, pois assim que a notícia veio a cabo, mais de mil relatos de avistamento ocorreram nas semanas seguintes. Mas, com o passar do tempo, as notícias foram sendo abafadas e, tudo que Arnold viu naquele dia, logo disseram ter sido apenas uma formação de pássaros migratórios.

Mas, o caso Roswell não caiu no esquecimento. Em 1978, o físico nuclear, Stanton Terry Friedman, ouviu falar sobre Jesse Marcel, o qual, diziam, ter tocado em um disco voador. Inicialmente, as informações de Marcel eram escassas demais para terem algum utilidade para o físico, mas unindo-se com outros pesquisadores Friedman começou a acumular novas testemunhas e maiores informações. Ele também conseguiu que uma entrevista de Marcel fosse publicada em um tablóide, onde ele afirmou que nunca vira nada como o material encontrado em Roswell, que acreditava ser de origem extraterrestre. Com isso, o caso Roswell voltou a ser pauta dos grandes tablóides e Marcel tornou-se uma espécie de celebridade no mundo da ufologia.

Ainda que divergissem pequenos detalhes, as teorias apresentadas em livros sobre o assunto seguiam a mesma lógica básica. Os destroços encontrados em Roswell seriam de uma nave alienígena acidentada. Ao certificarem-se do que tratava os destroços, as forças militares se colocaram para desinformar e acobertar a verdadeira origem do material, apresentando como restos de um balão metereológico, contudo, o material foi enviado para instalações secretas de pesquisa escondidas do público.

Stanton Friedman publicou mais tarde em seu livro "Top Secret/Majic" evidências documentais sobre a existência de uma organização governamental destinada ao encobrimento do caso de Roswell. Essa organização, formada por 12 pessoas, foi chamado de "Majestic 12", eles coordenavam todos os estudos secretos sobre os destroços e os corpos alienígenas recuperados. Para Friedman, infelizmente, investigações do FBI e uma análise independente do investigador cético de fenômenos paranormais, Joe Nickell, provaram que os documentos são falsos. E, como maior evidência é a própria assinatura do presidente Harry Truman de 1 de Outubro de 1947, que foi fotocopiada e reproduzida pelos falsários nos documentos do MJ-12.

O mistério do caso Roswell persiste até os dias de hoje e giram em torno de informações obtidas de testemunhas que guardaram sua história durante anos, só falando após o assunto ganhar destaque na imprensa e em alguns casos, repassavam relatos ouvidos de terceiros, mas, infelizmente o longo espaço entre o incidente e os dias de hoje, diminuiu a exatidão dos fatos e algumas testemunhas como os filhos de Mac Brazel e do Major Jesse Marcel, eram apenas crianças na época, e, como todos os depoimentos e contradições foram explicados e, mediante a falta de informações e veracidade dos relatos, o caso pode ser tranquilamente encerrado.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

7 histórias de espionagem

1. Segredos do F-14


Durante a Guerra Fria, a União Soviética não mediu esforços para roubar segredos militares norte-americanos. Um dos principais alvos da espionagem soviética era a indústria militar dos Estados Unidos e, nela, um dos segredos mais cobiçados era o projeto do caça militar F-14. Um dos casos mais famosos sobre a espionagem em torno do avião aconteceu no começo dos anos 70. 

Um engenheiro da Grumman Aerospace Corporation, fabricante do F-14, conheceu por acaso o russo que dizia chamar-se Sergey Viktorovich Petrov, e iniciaram uma amizade. Petrov contou que trabalhava na ONU e estava preparando sua tese de doutorado em engenharia. Por isso, era uma incrível "coincidência" ele ter conhecido um engenheiro da Grumman, que poderia lhe dar algumas informações sobre a engenharia do F-14. O russo pagaria por elas e estava particularmente interessado no projeto das asas do avião. 

Após alguns jantares e a insistência de Petrov, o engenheiro desconfiou e relatou o caso aos seus chefes que acionaram o FBI. Os encontros passaram então a ser monitorados pelos agentes federais. Petrov começou a aumentar as ofertas em dinheiro para obter dados confidenciais do projeto do avião. A maior parte dos encontros acontecia em restaurantes próximos a linha férrea que levava a Long Island, onde ficava a sede da Grumman. Petrov chegou a sugerir ao engenheiro que ele tentasse uma nova posição na empresa onde pudesse ter acesso a dados mais importantes sobre o avião, e que isso renderia uma compensação financeira a ele. Após passar "férias" na União Soviética, Petrov marcou uma nova série de encontros. 

Num deles providenciou uma câmera fotográfica especial para que o engenheiro fotografasse os projetos. Os encontros entre os dois duraram cerca de dois anos. Nesse tempo, Petrov instruiu o engenheiro sobre como realizar suas atividades de espionagem industrial e como seria a senha para ele reconhecer o futuro substituto do russo. No último encontro entre os dois, o engenheiro prometeu levar o que Petrov tanto queria. Após o jantar e pegar o envelope com os segredos do F-14, Petrov caminhava calmamente quando foi preso por agentes do FBI. Apesar de julgado e condenado, o espião foi solto e retornou para a União Soviética, por interferência da Casa Branca.

2. Armadilha para nazistas

Na véspera da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial uma ação de contra-espionagem resultou na prisão de 33 espiões nazistas que atuavam em solo norte-americano. A rede de espionagem foi desmascarada graças à atuação de um ex-soldado alemão que lutou na Primeira Guerra Mundial. 

William Sebold atuou como agente duplo junto aos nazistas e foi a principal peça numa arapuca armada para capturar os espiões alemães que agiam nos EUA. Sebold deixou a Alemanha em 1921 e foi trabalhar na indústria aeronáutica nos Estados Unidos. Em 1936, ele obteve a cidadania americana e três anos depois, alguns meses antes do início da Segunda Guerra Mundial, retornou ao país natal para visitar sua mãe. Em sua estadia na Alemanha, ele foi procurado pela Gestapo, a polícia secreta nazista, que ameaçou matar seus familiares caso ele não concordasse em ser um espião. Sebold aceitou e passou por um treinamento para transmitir informações codificadas, mas nesse período procurou as autoridades americanas. Ao retornar aos Estados Unidos, sob o nome falso de Harry Sawyer, ele começou a atuar como agente duplo. Sebold manteve contato com a vasta rede de espiões em solo americano e com isso permitiu que o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, descobrisse quem eram e como eles operavam, inclusive localizando uma estação de rádio de ondas curtas fora do país que transmitia segredos codificados para a Alemanha. 

A armadilha e o desempenho de Sebold foram tão eficazes que permitiram evitar os atentados planejados pelos nazistas contra as indústrias americanas, passar informações falsas aos nazistas e desmantelar a mais famosa rede de espionagem que operou em território americano, inclusive com a prisão de seu líder, o sul-africano Frederick Joubert Duquesne.

3. A vendedora de bonecas


No começo dos anos 40, a americana Velvalle Malvena Dickinson e seu marido abriram uma loja de bonecas na Madison Avenue, uma das mais requintadas de Nova York. Seus principais clientes eram abonados colecionadores de antiguidades e objetos importados, além de gente influente. 

As bonecas de Velvalle, no entanto, não eram apenas uma forma dela ganhar dinheiro, mas parte de um dos mais inusitados casos de espionagem durante a Segunda Guerra Mundial. Velvalle usava as cartas sobre a negociação de bonecas para transmitir mensagens codificadas que revelavam informações sobre a defesa militar dos Estados Unidos para os japoneses. 

Nelas, pedidos que manifestavam interesse em "sete bonecas chinesas", por exemplo, significavam que sete navios de guerra da Marinha americana estavam aportados na baía de San Francisco para reparos. Velvalle colocava nomes de clientes como remetentes e postava as cartas de diferentes localidades, mas sempre com destino a Buenos Aires. Antes disso, durante os anos 30, quando ainda morava em San Francisco, Velvalle associou-se à Sociedade Americana Japonesa, participou de várias cerimônias no Consulado Japonês e conheceu importantes membros do governo e da Marinha japonesa. Mesmo após sua mudança para Nova York, ela continuou a frequentar as instituições japonesas na cidade.

Pelos serviços de espionar a Marinha do próprio país, Velvalle recebeu US$ 25 mil do governo japonês em notas de US$ 100 entregues em sua loja na Madison Avenue. Após a interceptação de uma das cartas e do trabalho de investigação do FBI, Velvalle foi presa e condenada a dez anos de prisão.

4. A moeda oca


Um plano de espionagem internacional leva anos de maturação e muito tempo para render frutos. A paciência é a alma desse negócio. Reyno Hayhanen fez uma bem-sucedida carreira nos serviços secretos soviéticos nos anos 40. Sua especialidade era a Finlândia e seus serviços foram muito úteis durante a guerra entre a União Soviética e o país nórdico. Em 1948, ele recebeu uma nova missão. Hayhanen assumiria a identidade de Eugene Nokolai Maki, um trabalhador americano que havia emigrado para a Finlândia. 

Para não levantar qualquer suspeita, ele morou durante três anos naquele país sem desenvolver nenhuma atividade de espionagem. Nem mesmo a mulher com quem veio a se casar nesse período desconfiou que Eugene Nocolai Maki era, na verdade, Reyno Hayhanen. Em 1953, o casal mudou-se para Nova York, nos Estados Unidos. O objetivo era que Hayhanen integrasse uma rede de espionagem soviética em solo americano e buscasse informações sobre os programas nuclear e de desenvolvimento de submarinos. Durante os anos seguintes, ele participou de várias missões de espionagem contatando vários agentes da KGB e utilizando como meio de transporte para as mensagens codificadas uma inovação da espionagem soviética na época: pequenos objetos, como moedas e pregos, ocos. Mas, ao que parece, em solo americano Hayhanen não foi tão competente como nas missões anteriores. 

Os problemas com o alcoolismo e um descuido que o levou a comprar um jornal com uma das moedas que continham mensagens cifradas começaram a minar sua carreira e o plano de espionagem soviético. Em 1957, ele foi chamado de volta a Moscou, mas antes de retornar deu uma paradinha em Paris e desertou. Hayhanen colaborou com as investigações do FBI que culminaram na prisão de vários espiões soviéticos, inclusive de Rudolf Ivanovich Abel, o chefe das operações da KGB nos Estados Unidos, México, Brasil e Argentina. Hayhanen morreu algum tempo depois em um acidente de carro, que muitos atribuíram à KGB.

5. A conspiração Echelon

Todos os envolvidos negam oficialmente sua existência, mas quando muito dinheiro ou ameaças terroristas estão em jogo, ela sempre dá as caras. Desde os anos 50, desconfia-se que a Agência Nacional de Segurança e os serviços secretos dos Estados Unidos utilizam redes de satélites militares e de computadores para interceptar comunicações feitas por telefone, fax ou correios eletrônicos em qualquer parte do planeta. 

Essa imensa operação de espionagem mundial baseada em alta tecnologia recebeu o nome de Echelon. Seu jeito de espionar parece ficção científica, com a capacidade de ter acesso ao conteúdo de qualquer telefonema internacional, fax, e-mail ou rádio transmissão. Baseado na identificação de palavras-chave, reconhecimento de voz ou padrões de mensagens, o sistema Echelon faz varreduras que procuram por evidências de planos que ameacem a segurança nacional norte-americana e de seus aliados.

Apesar das negativas dos governos norte-americano e britânico, principalmente por conta da violação dos direitos constitucionais de seus cidadãos que a rede representaria, as suspeitas da existência da Echelon ganharam força quando em 1999 o então chefe dos serviços de inteligência australiano, Bill Blick, confirmou para a BBC que a Austrália usa as informações obtidas com a Echelon. 

Quase na mesma época, uma comissão de investigações do Parlamento Europeu concluiu que a CIA e a Agência de Segurança Nacional teriam recorrido a Echelon para espionar a licitação brasileira da instalação do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). Como resultado da espionagem, o grupo francês Thomson, que seria o provável vencedor, acabou derrotado pela empresa americana Raytheon, num contrato inicial de US$ 1,3 bilhão.

6. O fim dos Mosquitos


Uma das armas mais bem-sucedidas na Segunda Guerra Mundial foram os bombardeios britânicos Mosquitos. Eles eram produzidos pela indústria de aeronaves De Havilland e um dos sonhos nazistas era encontrar uma forma de destruir a fábrica que ficava em Hertfordshire. 

O sonho parecia que viraria realidade quando o britânico Eddie Chapman, um ex-detento condenado por roubo e especialista em explosivos, ofereceu-se para trabalhar para os nazistas. O Abwehr, serviço de espionagem do exército alemão, viu em Chapman o espião que os nazistas precisavam. Além da sua declarada hostilidade contra o governo inglês e suas ligações com o submundo criminoso, seus conhecimentos sobre explosivos o fariam um sabotador ideal. Após ser treinado durante um ano na França ocupada, ele foi lançado de paraquedas no solo britânico no fim de 1942. 

Na Inglaterra, a primeira coisa que Chapman fez foi procurar a polícia e o MI5, o serviço secreto britânico, e relatar o plano nazista. A partir daí, o ex-bandido tornou-se um dos mais importantes agentes duplos do serviço secreto britânico durante a Segunda Guerra. Seu codinome era agente Zigzag.

MI5 preparou uma das maiores simulações já feitas em uma guerra para parecer que Chapman tinha realmente levado a cabo sua missão de sabotar a fábrica dos Mosquitos. Uma imensa camuflagem feita de madeira e papel maché cobriu a De Havilland para parecer que bombas haviam provocado danos irreparáveis na estrutura de produção dos aviões. Além disso, informações foram plantadas no jornal Daily Express que noticiou com muito alarde o atentado. Imediatamente, Chapman entrou em contato com o Abwehr para informar o sucesso da missão. Chamado a Alemanha, ele foi condecorado com a mais alta honraria do país, a Cruz de Ferro. Em território alemão e reconhecido como herói pelos nazistas, ele pôde levar adiante as tarefas de espionagem para o MI5. Chapman nunca foi descoberto pelos nazistas e retornou a Grã-Bretanha em 1944.


7. Todos os segredos da OTAN


Nos tempos da Guerra Fria, obter os planos de defesa do inimigo, a localização de suas armas nucleares e seus sistemas militares de comunicação eram alguns dos principais objetivos dos serviços de espionagem internacionais. No fim dos anos 80, um sargento do exército dos Estados Unidos conseguiu fazer isso sozinho num dos casos de espionagem que mais danos causou à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Roderick James Ramsay trabalhava desde 1983 na base americana na Alemanha Ocidental. 

Foi lá que conheceu o sargento Clyde Lee Conrad que o recrutou para obter segredos militares que seriam passados aos países do Pacto de Varsóvia, organização militar que se opunha à OTAN. Equipado com uma câmera fotográfica e depois com uma de vídeo, Ramsay conseguiu ter acesso e registrar imagens de documentos ultrassecretos que nas mãos do inimigo, em caso de guerra, levariam ao colapso da aliança militar liderada pelos Estados Unidos. 

Poliglota, com uma capacidade de memorizar dados, fatos e detalhes de centenas de documentos e extremamente inteligente, Ramsay era apenas um datilógrafo na 8.ª Divisão de Infantaria do exército americano na Alemanha Ocidental quando vendeu esses segredos de estado por US$ 20 mil. Até chegar a Ramsay, o FBI teve de conduzir a mais longa investigação de espionagem de sua história. Quando foi preso, o ex-sargento estava desempregado e morando com a mãe. Ele concordou em colaborar com as investigações e foi condenado a 36 anos de prisão em 1992.

5 táticas comum que não dão resultado para combater o crime

1 – Interrogatórios podem fazer pessoas inocentes confessarem



Você tem um irmão. Uma coisa sua sumiu. Não importa o quanto ele proteste ou insista que você dê uma olhada no quarto, você sabe que foi ele que pegou.

Um interrogatório é meio assim. Se o interrogador está convencido de que o suspeito é culpado antes do interrogatório começar, é difícil mudar de ideia. Ele vai assumir que tudo, desde os gritos de inocência a coçar o cabelo é prova de culpa, o que leva a uma linha mais agressiva de questionamento.
Mas quem se importa? Se o bandido confessar, os mocinhos ganham. É por isso que qualquer confissão torna um júri mais propenso a condenação, mesmo que ouça falar que a confissão foi coagida. Afinal, uma pessoa inocente não vai confessar algo que não fez, certo?

Errado. Aparentemente, isso acontece o tempo todo. Em um caso famoso de 1989, de um estupro no Central Park (Nova York, EUA), cinco homens foram para a cadeia depois que a polícia obteve confissões. Em seguida, eles foram liberados, quando se descobriu o verdadeiro culpado.
Não é tão difícil obter uma confissão de uma pessoa inocente. As mesmas técnicas psicológicas de pressão que desgastam um suspeito culpado fazem um monte de pessoas inocentes confessarem algo que não fizeram. Uma vez que pessoas inocentes são mais propensas do que criminosos a renunciar ao seu direito de permanecer em silêncio, elas são colocadas em uma situação de alto estresse, e nem sabem direito sobre o que estão sendo acusadas.

Elas também podem se sentir culpadas por algum motivo não relacionado (viram o crime e não informaram ou o pararam, por exemplo). Então, elas dizem qualquer coisa para acabar com o interrogatório.
Por exemplo, uma técnica de interrogatório popular é o interrogador dar um monólogo alegando que já sabe o suspeito é culpado, e depois seguir nove etapas para obter uma confissão assinada. É incrivelmente eficiente – os culpados confessam quase 84% do tempo. Mas os inocentes também confessam cerca de 43% do tempo. Adicione insinuar falsa evidência, e você pode alcançar uma taxa de falsa confissão de cerca de 94%.

2 – Retratados falados são quase inúteis



Você já viu isso em toda série policial que existe: a vítima descreve o homem que a agrediu, e a polícia chama um cara com um bloco de desenho para elaborar um retratado falado. Qual é o problema? Na realidade, as vítimas que ajudam a criar um esboço de seus agressores são quase 50% menos propensas a identificar corretamente um suspeito depois. Aliás, o primeiro problema é que, como você já deve ter notado, os artistas de retratados falados são geralmente terríveis em seus trabalhos. Em uma demonstração, um artista foi convidado a recriar os rostos de pessoas famosas enquanto olhava para suas fotos. O miserável resultado foi esse (da esquerda para a direita, Bill Cosby, Tom Cruise, Ronald Reagan e Michael Jordan).



Ainda existe um software especial para fazer retratado falado. Enquanto os artistas humanos são ruins, o software é muito menos eficaz. Em um estudo, esboços desenhados à mão levaram a uma taxa de 32,8% de identificação correta, enquanto o esboço do computador acabou correto apenas 22,4% do tempo. Esse tipo de taxa de sucesso é uma tragédia. Outro problema é que o ato de criar um esboço confunde a vítima. A memória é muito sugestionável; o cérebro se lembra de fatos, mas não lembra de onde nós aprendemos eles. Isso significa que se o artista faz algo de errado no esboço (o nariz do suspeito é grande demais, por exemplo), a vítima pode começar a pensar que é assim que o suspeito se parece. O cérebro não se lembra se viu pela primeira vez a face real ou o esboço. Então, os policiais prendem um cara que se parece com o esboço impreciso e a vítima diz, toda certa: “É ele!”.


3 – Alinhar suspeitos também é quase inútil



Vamos dizer (Deus nos livre) que algo terrível aconteça com você (como um bêbado fazer defecar na sua piscina). Felizmente, você consegue lançar um rápido olhar no cara antes dele fugir. Agora, a única coisa entre você e a doce justiça é escolher o criminoso de uma fila de suspeitos.
Ao ver um monte de gente junto, as testemunhas usam um julgamento sob pressão em relação a escolher um alvo. Isso significa que o cérebro não procura uma correspondência exata. Afinal, você não quer que o cara se livre do crime, ou fazer todo mundo perder tempo.

Então, ao invés de pegar o cara que é uma correspondência exata para a sua memória (que, como pudemos constatar, é um pouco nebulosa de qualquer maneira), você vai escolher qualquer cara que é a correspondência mais próxima dos caras na frente de você (o que é um problema se o bêbado da piscina não está realmente na fila de suspeitos).

E às vezes os policiais não ajudam. Lembre-se, eles sabem que um certo povo da fila foi trazido apenas para preencher a lista de suspeitos (como policiais fora de serviço) e qual deles é o provavel culpado. Então, há um cara lá em cima que os policiais querem que você aponte, e os seres humanos têm um milhão de maneiras de sutilmente influenciar as decisões de outras pessoas.

Por exemplo, inflexões de voz e até mesmo gestos inconscientes podem orientar o testemunho para a preferência do policial. Uma vez que a seleção “correta” é feita, a polícia pode elogiar você, o que aumenta artificialmente a sua confiança no julgamento. E isso é complicado, porque a maioria dos júris fundamenta seus julgamentos em grande parte na confiança da testemunha. De modo que todo o processo distorcido pode colocar um homem inocente atrás das grades. Para se ter uma ideia do quão instável o processo é, apenas lembrar a testemunha de que o suspeito pode não estar na fila diminui a identificação incorreta em cerca de 46%. Você também pode aumentar a precisão ao pedir que alguém não familiarizado com o caso ajude a vítima, para que não tente influenciar a testemunha de uma forma ou de outra.

4 – Cadeias tornam pessoas não violentas em criminosos recorrentes



Pense em um cara condenado por um crime não violento, como fumar maconha em um estacionamento. Como sociedade, você tem que fazer uma escolha. Você pode concedê-lo liberdade condicional ou condená-lo a serviço comunitário, imaginando que o que ele fez não foi tão grave assim.

Mas você também está tornando mais fácil para ele continuar a ser um criminoso, certo? Se você não o tira da rua, ele fica livre para entrar em mais confusão. E por que não, se ele percebeu que não vai ser punido gravemente por seus crimes? Devemos levar a sério o crime! 

Assustar aqueles caras, mandá-los para a cadeia, deixá-los sentir as consequências de suas ações. Uma vez fora, eles vão endireitar-se, por medo de voltar. Então, qual é o problema? Que normalmente o oposto ocorre. Digamos que dois fumantes de maconha são pegos, e um tem que cumprir serviço de reinserção social e o outro passa um tempo na prisão.
O primeiro cara, que cumpre seu tempo coletando lixo em um colete laranja berrante e batendo um papo semanal com um policial tem aproximadamente 20% menos probabilidade de estar na cadeia três anos depois. O segundo cara, que supostamente levou uma lição mais dura, tem 50% de chance de aparecer na prisão novamente nos próximos três anos.

Uma variedade de estudos têm mostrado isso – a prisão pela primeira vez para infratores não violentos é completamente ineficaz em impedir crimes no futuro. É quase como se a prisão colocasse na pessoa uma mentalidade criminal, já que passa o dia todo conversando com outros criminosos, completamente imersa em seu estilo de vida, costumes e modo de pensar, até começar a agir como eles.

Então, se os dados dizem que a prisão não é a melhor escolha para manter infratores não violentos longe dos crimes, por que insistimos em usá-la? Para começar, há um viés cultural maciço a favor de colocar as pessoas na prisão – não queremos ser fracos diante do crime, afinal. E, simplesmente, nós adoramos colocar pessoas na cadeia – pague pelo que você fez!

5 – Condenação por drogas é um vórtice de insanidade ineficaz




Nos EUA, os anos 80 foram dedicados a dizer “NÃO!” às drogas. Isto foi devido ao aparecimento do crack, uma forma muito mais barata de droga que explodiu em popularidade do dia para a noite.

Assim, foi concluído que o crack era 50 vezes mais perigoso que a cocaína. O Congresso transformou esta na regra em 100:1, o que significava que ter um grama de crack era tão ruim quanto ter 100 gramas de cocaína. A posse de 500 gramas de cocaína ou 5 gramas de crack era suficiente para classificar uma pessoa como traficante, levando a uma sentença mínima obrigatória de cinco anos. E 5 gramas de crack é uma quantidade minúscula. Pena que a coisa toda era pura besteira. Não há absolutamente nenhuma diferença de perigo entre crack e cocaína em pó (pelo menos não de 100:1. Agora, nos EUA, essa taxa é de 18:1, sabe-se Deus baseada em quê). É tudo droga viciante e perigosa.

Mas, novamente, é melhor ser duro do que deixar nossos filhos se transformarem em drogados, certo?
Apesar da prisão não funcionar – tratar usuários de drogas é o caminho mais eficaz para reduzir o uso de drogas -, não importa. As leis forçam juízes a impor sentenças de prisão em réus primários, e é assim que nós combatemos o tráfico. O ciclo não vê uma previsão próxima de ter um fim.

14 curiosidades para jogar conversa fora

1. Gotas de chuva



Você sabia que as gotas de chuva não têm aquele formato de “lágrima”, como são sempre desenhadas? Na verdade elas são esféricas.


2. Gorilas têm ninhos



Gorilas dormem em ninhos, como pássaros. Eles juntam galhos e outros materiais da floresta e constroem seus abrigos. Os machos dormem em ninhos no chão, já as fêmeas e filhotes preferem dormir em ninhos pendurados nas árvores, como o da foto.


3. O champanhe não é espumante por causa do dióxido de carbono


Acredite ou não, ele espuma por causa de partículas de poeira. Em um copo ou em um ambiente perfeitamente limpo, o champanhe iria parecer um vinho normal.


4. A maior parte da digestão não ocorre no estômago


Ela ocorre, em sua maior parte, no intestino delgado. Esse é o motivo de algumas pessoas com bulimia continuarem obesas.


5. O “suco” vermelho que sai da carne mal-passada não é sangue


Na verdade, o líquido é mioglobina, que é um parente do sangue – todo o sangue do animal morto sai do organismo dele antes da carne ser vendida.


6. Sacolas plásticas são melhores do que as de papel para o ambiente


O processo todo de fabricação de uma sacola de papel gasta mais energia do que a fabricação das sacolas de plástico. Então por mais que a degradação da sacola plástica seja pior, esse tipo de material desgasta menos o meio-ambiente.


7. Ursos polares são impressionantes



Na verdade sua pelagem não é branca – é transparente. Sua pele é negra e, quando é mantido em ambientes úmidos, ele pode ficar verde, por causa de algas.

8. Alergia a animais

 

Normalmente, pessoas que têm alergia com cães ou gatos não desenvolvem a alergia por causa do pêlo. Ela é causada pela pele morta dos bichinhos, pela sua saliva ou por seus dejetos. Manter seu pet limpo pode reduzir drasticamente a chance de alguém ter uma crise de alergia quando chegar perto dele. 

 9. Sabores na língua


Aquela idéia de que temos um mapa de sabores na língua é mentira. Conseguimos sentir os gostos doces, salgados, amargos ou azedos em qualquer região do órgão. 

 10. Ouvir o mar em uma concha


Quando você “ouve o mar em uma concha”, na verdade você está ouvindo o som do seu próprio sangue correndo em suas veias. Você pode usar qualquer compartimento parecido com uma concha, como um copo, para perceber o mesmo fenômeno.

11. Massa cinzenta


Quando estamos vivos, nosso cérebro é uma massa rosada. Só quando morremos é que ele perde essa cor e fica cinza. Então quando chamamos o cérebro de massa cinzenta estamos fazendo uma descrição imprecisa.

 12. O mercúrio não é o único “metal líquido” em temperatura ambiente



O Gálio, apesar de ficar sólido em temperatura ambiente, fica líquido se entrar em contato com sua mão, por exemplo. O Frâncio e o Césio também podem ficar líquidos na temperatura ambiente. 

13. Golfinhos não bebem água


Se eles bebessem água do mar, ficariam doentes por causa do sal. Toda a água de seu organismo é obtida através da carne dos peixes que eles comem. 

 14. A União Soviética mandou uma nave para a Lua antes dos EUA


A União Soviética enviou a Luna 2, uma nave espacial, para a Lua cerca de quatro meses antes dos EUA enviarem a Surveyor I.


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10 ataques aéreos que mudaram a história do mundo

1 – Bombardeio de Guernica





O único conflito importante durante a calmaria entre as duas Guerras Mundiais na Europa foi a Guerra Civil Espanhola. Guerras implacáveis pela independência ocorreram em vários países durante décadas, mas nenhuma escalou para o status de uma total guerra destrutiva como essa.
Típica Guerra Civil: uma facção da população (os nacionalistas, liderados pelo general Francisco Franco) lutando com outra (os republicanos que estavam protegendo o governo de esquerda). E como a maioria das guerras civis, os países vizinhos viram nela uma oportunidade para intervir com suas próprias forças.
Como resultado, a União Soviética ajudou os republicanos fornecendo-lhes aviões Polikarpov e Tupolev SB-2. A Itália, sob influência de Mussolini, apoiou Franco. Os nacionalistas também pediram a ajuda de um aliado muito mais formidável: a Alemanha. A Alemanha, que estava procurando uma desculpa para desviar a atenção internacional de seu próprio rearmamento militar saltou em auxílio. Enviou quase 19 mil voluntários à Espanha, que formaram o que ficou conhecido como a Legião Condor.

Apesar de suas raízes aparentemente amadoras, os bombardeiros da Legião Condor atacaram a pequena cidade de Guernica, no norte da Espanha, em 26 de abril de 1937. Apesar de Guernica não ter nenhum valor estratégico do ponto de vista militar, este ataque de codinome Operação Rügen mudou a visão do mundo sobre o potencial do bombardeiro. Por mais de três horas, o alemão Heinkel He-111, acompanhado por combatentes, bombardeou a pequena cidade com 45.000 kg de bombas explosivas e incendiárias, dizimando quase um terço de toda a população e ferindo milhares. 70% da cidade foi destruída e os incêndios começados pelas bombas duraram três dias.

Para a Alemanha, este ataque foi um enorme sucesso porque foi uma oportunidade de testar suas próprias tropas e equipamentos. Esta foi também a primeira instância de uma tática nazista. Além disso, este ataque fez muitos outros países europeus temerem a Alemanha, cedendo às suas exigências.

2 – Blitzkrieg sobre a Polônia




A guerra relâmpago sobre a Polônia começou a Segunda Guerra Mundial em 1 de setembro de 1939. O Blitzkrieg era uma espécie de estratégia de batalha nunca vista antes. Baseava-se inteiramente em velocidade, tato e surpresa, e foi especialmente concebida para gerar choque psicológico e caos em terreno inimigo.

Uma combinação formidável da força aérea alemã, apoiada por forças terrestres, provou ser muito poderosa para os poloneses mal preparados enfrentarem. A melhor aeronave do inventário polonês, o PZL P.11, foi amplamente superada pela Messerschmitt nas habilidades de manobrabilidade, velocidade e ataque.
A Polônia, no entanto, resistiu. Eles fracassaram, mas levaram um pouco da Alemanha no processo. O Ministério da Propaganda alemão afirmou que a Força Aérea polonesa havia sido destruída no primeiro dia, o que estava longe da verdade. Vários bombardeiros alemães foram destruídos e os pilotos poloneses tomaram medidas desesperadas para salvar sua nação, incluindo atacar aviões alemães sozinhos. Mas quando a União Soviética entrou pro lado da Alemanha e atravessou a fronteira da Polônia, selou o destino da nação sitiada.

A Força Aérea polonesa continuou a luta. Muitos pilotos desesperados e valentes partiram para o céu sozinhos contra enormes formações alemãs, em missões praticamente suicidas. Outros pilotos poloneses escaparam da Polônia a fim de continuar a lutar em países amigos, como França e Reino Unido.
Blitzkrieg da Alemanha sobre a Polônia foi o primeiro de uma série de ataques que mais tarde incluíram Bélgica, Holanda e França, no decurso da Segunda Guerra Mundial.

3 – A Batalha da Grã-Bretanha



Junho de 1940. Depois de Polônia, Bélgica, Holanda e França, Hitler decide ir com tudo para cima da Grã-Bretanha. Isso gerou uma das batalhas aéreas mais incríveis de toda a história humana e fez a fama de dois grandes caças britânicos: os caças Supermarine Spitfire e Hurricane Hawker.

O principal impedimento a uma invasão alemã da Grã-Bretanha foi o Canal Inglês e a superioridade naval britânica. Hitler decidiu, portanto, ganhar o controle primeiro sobre os céus.
Os alemães enviaram uma força de ataque gigantesca, compreendendo 1.300 bombardeiros, bombardeiros de mergulho e 1.200 combatentes. A força britânica tinha um número muito menor à sua disposição – apenas 600 combatentes (Spitfires e Hurricanes).

Mas os alemães não tinham organização e foram pegos de surpresa pela tecnologia de radar britânica que advertiu onde e quando os alemães iam atacar, antes dos ataques reais. Os ataques alemães foram confinados aos portos, campos de pouso, Instalações de Comando de Caça e estações de radar em uma tentativa de enfraquecer a defesa britânica.

Embora a Grã-Bretanha tenha perdido um grande número de jovens pilotos, os alemães sofreram ferimentos mais pesados. Cerca de 600 Messerschimtts e Heinkels foram destruídos. Os britânicos, em seguida, retaliaram com um ataque surpresa a Berlim. Isso enfureceu Hitler, que mandou atacar Londres.
O ataque sobre Londres levou a enormes baixas civis, mas deu tempo ao comando britânico de se reagrupar e reorganizar. A fortaleza mostrada pelos ingleses foi incrível e inspiradora. Toda a população parecia pronta para lutar com unhas e dentes contra todas as probabilidades.

O espírito do povo poderia ser resumido nas palavras de Winston Churchill: “Não vamos desistir nem falhar. Iremos até o fim. Lutaremos na França, nos mares e nos oceanos; lutaremos com crescente confiança e com crescente força aérea. Vamos defender nossa ilha a qualquer custo; nós lutaremos nas praias, campos de pouso, nos campos, nas ruas e nas colinas. Jamais nos renderemos e mesmo, o que eu não acredito por um momento, que esta ilha ou uma grande parte dela forem subjugadas e passem fome, então nosso império além-mar, armado e guardado pela frota britânica, vai continuar a luta”.

No final, os desorganizados caças alemães, embora em maior número, não eram páreo para os Spitfires e Hurricanes britânicos. Os alemães estavam perdendo seus combatentes mais rápido do que poderia produzi-los. Hitler cancelou o ataque e a invasão da Grã-Bretanha foi adiada indefinidamente.

4 – Os Dambusters



O Esquadrão 617 foi o mais famoso da Força Aérea Real (RAF, da Grã Bretanha) na Segunda Guerra Mundial. Eles se envolveram no ataque mais interessante da história dos ataques aéreos.
Uma missão altamente secreta, de codinome Operação Chastise, era destinada a violar três das mais importantes barragens alemães que mantinham mais de 300 milhões de toneladas de água vital para as indústrias da Alemanha. As barragens tinham pesadas defesas antiaéreas. Para fazer um ataque bem sucedido, os bombardeiros da RAF teriam que evitar o fogo antiaéreo a todo custo. A abordagem planejada foi engenhosa.

Os bombardeiros se aproximariam das barragens, mantendo-se muito (mesmo) baixos, quase deslizando sobre a superfície da água. Isto asseguraria que todo o fogo antiaéreo sobre eles não os machucaria. A bomba utilizada foi uma bomba de fiação especial que saltava sobre a superfície da água. Antes de soltar a bomba, ela seria girada até velocidades de 500 rpm, de modo que quando atingisse a água, pularia em toda a superfície em vez de afundar. A tripulação teve que liberar a bomba a exatamente 345 km/h e 18,3 metros acima da superfície da água. Além disso, a bomba tinha que tocar a superfície da água a precisamente 388 metros da parede da represa, com não mais de 6% de desvio.

A aeronave escolhida foi nada menos que a lendária Lancaster, um dos bombardeiros da RAF. 19 delas decolaram com 133 tripulantes a bordo, e com sucesso violaram duas barragens. O terceiro ataque falhou devido a dificuldades técnicas.

Os britânicos também sofreram danos. Um dos Lancasters até atingiu o mar. 8 Lancasters e 56 membros da tripulação não conseguiram voltar. No entanto, a intenção britânica foi alcançada. Na Alemanha, inundações ocorreram e a eletricidade e as ferrovias foram interrompidas. Os alemães, entretanto, foram surpreendentemente rápidos com as obras de reparação.
O esquadrão 617 ficou conhecido como “Dambusters” (“destruidores de barragens”).

5 – Pearl Harbor



O ataque histórico a Pearl Harbor, que fez o presidente Franklin Roosevelt proclamar que aquela data viveria na infâmia, foi um dos ataques aéreos mais súbitos e surpreendentes da história da guerra moderna.
Em 7 de dezembro de 1941, ondas de bombardeiros japoneses, apoiados por hordas de combatentes, foram avistados sobre a fortaleza naval dos EUA no Havaí, chamada Pearl Harbor. 353 caças japoneses, bombardeiros e aviões de torpedo causaram estragos a uma desavisada marinha americana.
O ataque deveria ser de natureza preventiva, impedindo os EUA de competir com os japoneses em sua conquista das Índias

Orientais Holandesas e Malásia. A marinha dos EUA sofreu uma enorme quantidade de danos. Quatro de seus navios de guerra principais foram afundados. Outros sete também tiveram o mesmo destino. Cerca de 200 aviões americanos foram destruídos e cerca de 2.500 homens foram mortos e outros milhares feridos. As perdas do Japão foram muito menores: 29 aeronaves e 5 minissubmarinos foram perdidos, e 65 homens foram mortos ou feridos.

Havia, no entanto, duas desvantagens em Pearl Harbor, que os japoneses ou negligenciaram ou conscientemente não consideraram. Uma delas foi a proximidade do porto da costa; a maioria dos navios estavam em águas rasas, o que permitiu que alguns dos navios afundados e danificados fossem recuperados e reparados, e as baixas humanas foram muito menores do que os japoneses podiam querer. A segunda desvantagem foi que três navios importantes americanos não estavam presentes em Pearl Harbor naquele momento, que se afundados teriam custado aos EUA muito mais.

O ataque a Pearl Harbor automaticamente culminou com os EUA declarando guerra ao Japão. Isto iniciou uma cadeia de alianças diplomáticas e, em breve, a Alemanha nazista e a Itália fascista tinham também declarado guerra aos EUA. A política americana de apoio clandestino a Grã-Bretanha se transformou em uma aliança ativa e poderosa, quando o país entrou na Segunda Guerra Mundial.

6 – Bomba Atômica




Foi no final de 1944 que os EUA começaram a lançar bombardeios de grande escala ao Japão e, em maio de 1945, muitas das principais cidades japonesas estavam devastadas. No entanto, o governo americano gastou 3,18 milhões de reais e cerca de 200 mil pessoas trabalhando horas extras em um determinado Manhattan Project (Projeto Manhattan), um projeto secreto, cuja única missão era construir uma super arma, diferente de qualquer outra na história humana – a bomba atômica.

Depois de alguns testes preliminares sob a liderança do coronel Paul Tibbets, uma equipe secreta foi escolhida a dedo e recebeu treinamentos especiais para fazer apenas uma coisa – lançar a bomba atômica.
O B-29 foi a escolha automática para um bombardeiro, pois em 1944 era o bombardeiro mais avançado tecnologicamente. Quinze foram especialmente modificados para transportar a bomba nuclear. Tibbets e sua tripulação foram submetidos a um treinamento intensivo para esta missão de elite, incluindo voo de altitude, navegação de longo curso, bem como uma rota de fuga rápida. A fuga rápida era fundamental, pois a detonação da bomba atômica iria criar ondas de choque enormes.

Três alvos foram escolhidos, Hiroshima, Kokura e Nagasaki. O ataque foi marcado para agosto de 1945, desde que o tempo permitisse. Em 6 de agosto, o B-29 chamado “Enola Gay”, pilotado pelo próprio Tibbets, derrubou uma bomba, “Little Boy”, de 4406 quilos, às oito da manhã sobre Hiroshima. Quando a bomba foi detonada, o avião inteiro tremeu com as ondas de choque. Robert Lewis, copiloto de Tibbets, olhou com horror conforme a nuvem de cogumelo surgiu, e as únicas palavras que lhe escaparam foram: “Meu Deus, o que fizemos?”.

A segunda bomba, “Fat Man” (e última do arsenal dos EUA), foi lançada no dia 9 de agosto pelo B-29 denominado “Bockscar”, sobre a cidade industrial de Nagasaki. O alvo intencional era Kokura, mas as nuvens estavam encobrindo a cidade. Quando a bomba foi detonada, o Bockscar tremeu no ar, e um dos membros da tripulação disse mais tarde que era como se o avião estava “sendo espancado com um poste de telefone”.

O Japão se rendeu incondicionalmente em 14 de agosto. O fim da Segunda Guerra Mundial tinha começado, assim como a era nuclear.

7 – Guerra da Coreia



A Guerra da Coreia foi um marco na guerra aérea, porque, pela primeira vez, caças participaram ativamente de batalhas aéreas. Enquanto os primeiros jatos tinham sido usados pela Alemanha nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, eles não tinham desempenhado um papel importante na guerra. A Guerra da Coreia foi a primeira que lançou avião contra avião.

A Guerra eclodiu com a Coreia do Norte invadindo a Coreia do Sul em junho de 1950. Para lidar com a agressão comunista contra a Coreia do Sul, os Estados Unidos ajudou enviando caças Mustang. A China correu ajudar os comunistas, e a União Soviética ofereceu apoio militar.

Os primeiros dias da guerra viram batalhas aéreas entre os EUA e aviões soviéticos. Mais tarde, quando as Nações Unidas intervieram em apoio à Coreia do Sul, as batalhas se tornaram mais acirradas e caças mais modernos foram trazidos.

Estes incluíram os americanos F-80 Shooting Star e F-86 Sabre, e o MiG 15 soviético. O primeiro encontro entre Sabre e MiG 15 aconteceu em dezembro de 1950, quando quatro Sabres interceptaram quatro MiGs. Mais tarde, oito Sabres derrubaram seis MiGs. A Força Aérea da Austrália também participou, enviando F-51 Mustangs e F-8 Gloster Meteors. Eles não eram, contudo, páreos para os MiGs.

8 – Operação Black Buck nas Malvinas



As Ilhas Malvinas estavam sob domínio britânico desde 1833. No entanto, a Argentina, em uma tentativa de adquirir a soberania sobre as ilhas, as invadiram em 1982. Campanhas da Grã-Bretanha para recuperar o controle perdido foram dificultadas pela distância. Uma vez que a Força-Tarefa britânica chegou ao local, teve que combater com a força aérea argentina. Era imperativo destruir a pista argentina em Port Stanley, a fim de torná-la inútil para a Força Aérea Argentina. Também, estações de radar argentinas tiveram que ser retiradas de modo que os caças britânicos poderiam atacar sem ser descobertos antes.

As missões tinham que acontecer em segredo absoluto e a partir de território amigável. Isto fez com que os britânicos deslocassem a sua base para uma pequena ilha no Atlântico, chamada de Ilha da Ascensão. Isso não era nada perto das Malvinas, e missões de bombardeio sobre distâncias tão grandes nunca tinham sido tentadas antes. O avião escolhido foi o Avro Vulcan, um bombardeiro a jato britânico da era pós Segunda Guerra Mundial.

O nome da Operação era Black Buck. A logística envolvida nas missões era surpreendente – cada ida e volta dava cerca de 13.000 quilômetros. Os aviões tinham que ser reabastecidos várias vezes.
Dois deles decolaram no dia 30 de abril de 1982, cada um com 21 bombas, escoltados por 11 aeronaves. Um desenvolveu alguns problemas técnicos e teve de voar de volta para base. A missão, portanto, se resumia a um único Vulcan.

A 40 quilômetros de distância de Stanley, começou o bombardeio final. Todas as 21 bombas foram jogadas na diagonal. A pista foi destruída e a Argentina ficou chocada. A insegurança dizia que, se bombardeiros britânicos podiam atacar as Malvinas, não havia nada que os impedia de atacar a Argentina. O país se rendeu.


9 – Operação El Dorado




Após uma série de ataques terroristas nos EUA em 1986, as agências de inteligência afirmaram ter provas “irrefutáveis” de que os incidentes tinham sido patrocinados pela Líbia. A Operação El Dorado foi a resposta dos Estados Unidos.

A operação envolveu uma missão de bombardeio, ainda mais longe do que a Black Buck. A logística das missões ficou ainda mais complicada quando França, Itália, Alemanha e Espanha se recusaram a cooperar com os EUA. Somente o Reino Unido estava disposto a dar algum território para servir como base.
O avião escolhido foi o extremamente rápido F-111. A Operação El Dorado Canyon envolveria uma ida e volta de 13 horas que exigia nada menos que doze reabastecimentos em voo.

Os 24 F-111 saíram do solo britânico em 14 de abril de 1986. Seis deles eram aeronaves de reserva. A marinha dos EUA iniciou um ataque simultâneo. Os ataques foram bem sucedidos e resultaram em danos graves nos principais alvos da Líbia, mas não foi uma missão fácil. A Defesa Aérea da Líbia estava praticamente a par com a tecnologia soviética.

O ataque acabou em pouco mais de 10 minutos e 12 F-111 voltaram ao solo britânico. A missão foi considerada um sucesso, colocando um fim aos ataques terroristas libaneses sobre os EUA.

10 – Guerra do Golfo



A Guerra do Golfo viu o uso de alguns dos bombardeiros mais avançados que existem hoje. Um dia após o prazo que a ONU tinha fixado para o Iraque se retirar do Kuwait, as forças aliadas fizeram um dos maiores ataques aéreos de todos os tempos.
A campanha foi realizada pelos EUA, Arábia Saudita, França, Itália e Kuwait, bem como por várias forças árabes.

O Lockheed F-117 foi usado nesta missão. O F-117 sobrevoou Bagdá e destruiu comandos e centros de controle. As defesas antiaéreas dispararam aleatoriamente, passando longe, porque o F-117 não podia ser visto graças à tecnologia superior.

Mais tarde, o B-52, um dos maiores bombardeiros já construídos na história, foi trazido para o ataque. Os aviões fizeram uma ida e volta de mais de 22.000 quilômetros por quase 35 horas, a mais longa viagem da época. Outros caças-bombardeiros juntaram-se ao ataque e o sistema de defesa iraquiano enfraqueceu.
No primeiro dia da Operação Desert Storm (Tempestade no Deserto), o controle do solo e as defesas antiaéreas do Iraque foram destruídos. Mais tarde, mísseis aniquilaram todas as pontes principais do país. Vinte pontes sobre o Tigre e o Eufrates foram devastadas, cortando todas as linhas de alimentação e de comunicação das forças militares iraquianas no Kuwait.

Na etapa final da Guerra, o B-52 abateu as forças terrestres iraquianas, e em 3 de março de 1991, o Iraque finalmente aceitou cessar-fogo. A Guerra do Golfo mostrou o potencial dos bombardeiros modernos em devastar países inteiros e forçar derrotas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pesadelos poderão ser substituídos por sonhos artificiais


Um soldado cansado e abatido pelo combate tenta em vão dormir, mas não se sente seguro, um pesadelo o faz acordar assustado no meio da noite. O combatente procura por entre escuridão seu par de óculos 3D e coloca o dispositivo. De repente, ele vê aparecer em torno de si pessoas em quem confia, são seus amigos para levá-lo longe daqueles sonhos perturbadores. Memórias violentas vão gradualmente desaparecendo e ele se sente em casa, longe do campo de batalha,


O Hospital naval de Bremerton, Washington (EUA), esta desenvolvendo um projeto chamado “Power’ Dreaming” para ajudar a tropa de combatentes traumatizada a eliminar seus pesadelos através de “calmantes digitais”. Um computador transmite imagens conhecidas e relaxantes que o militar passa a receber no momento em que coloca as lentes 3D, substituindo seus pesadelos por sonhos artificiais, bem mais agradáveis.

O plano é baseado em uma terapia cognitiva-comportamental, semelhante ao filme A Origem (Inception), o objetivo é de penetrar as memórias traumáticas dos militares usando realidade virtual e retroação biológica e promover o auto-controle das funções fisiológicas do corpo, de modo que o soldado afetado por stress pós-traumático seja capaz de trazer a sua mente imagens pré-desenhadas, criando sonhos terapêuticos que o fará se acalmar e voltar a dormir tranquilamente.

Mais da metade dos soldados norte-americanos sofrem de stress pós-traumático e sentem dificuldades para dormir, vitimas de recordações vividas durante os combates.

O projeto está em sua fase inicial e já no próximo ano poderá ser implementado na pratica, agora os soldados americanos poderão ter um sono tranquilo mesmo depois de um dia de assassinatos e barbáries na luta contra os “terroristas”…

sábado, 12 de novembro de 2011

EUA começam a desenvolver sistema tipo Minority Report

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Pré-crime

Cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, receberam do governo norte-americano, e aceitaram, a incumbência de desenvolver um sistema de computador capaz de "identificar ameaças antes que elas ocorram".

É o mesmo conceito de "pré-crime" que ficou famoso com o filme Minority Report.

Com a vantagem de que a tecnologia já criou interfaces gestuais bem mais avançadas do que as mostradas no filme.

Referindo-se aos crimes, a Universidade alega que "quando olhamos as evidências após o fato, frequentemente existe um rastro que, se tivesse sido notado, poderia possivelmente ter dado tempo suficiente para intervir e impedir um incidente".

O objetivo do programa será justamente encontrar essas "pegadas suspeitas" e alertar as autoridades antes que a pessoa cometa qualquer crime.

Grande irmão

"O projeto, de dois anos, a um custo de US$ 9 milhões, irá criar um conjunto de algoritmos capaz de detectar vários tipos de ameaças através da análise de grandes quantidades de dados - incluindo mensagens de e-mail, textos e transferências de arquivo - em busca de atividade incomum," diz a nota.

A intenção inicial é usar o sistema para evitar as chamadas "ameaças internas", rastreando a atividade de funcionários do governo e de empresas contratadas para fabricação de armas ou qualquer outro sistema de defesa.

O sistema foi batizado de ADAMS (Anomaly Detection at Multiple Scales), detecção de anomalias em múltiplas escalas, em tradução livre.

Discurso

Ante os temores de invasão de privacidade, a Universidade alega que "a equipe de pesquisa terá acesso a conjuntos maciços de dados coletados de ambientes operacionais onde as pessoas concordaram expressamente em ser monitoradas."

Resta saber se um ambiente assim "limpo" seria uma massa de teste razoável para um sistema que pretende encontrar pistas de coisas bem "sujas" - na verdade, uma massa de testes livre de ameaças jamais conseguiria validar o sistema.

Ainda não existe uma base legal para questionar cidadãos sobre atividades que não sejam elas próprias um crime, ainda que os argumentos de "segurança nacional" venham sendo alargados sem muitas justificativas na última década.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Algumas coisas para levantar seu ego


01. Pelo menos 5 pessoas no mundo te amam tanto que poderiam até morrer por você.

02. Pelo menos 15 pessoas no mundo te amam de alguma forma.

03. A razão que faria alguém te odiar seria a vontade que ela tem de ser como você.

04. Um sorriso seu pode trazer felicidade a alguém, mesmo que esta pessoa não goste de você.

05. Todas as noites alguém pensa em você antes de dormir.

06. Você é o mundo de alguém.

07. Sem você alguém pode não conseguir sobreviver.

08. Alguém cuja existência você desconhece, te ama.

09. Você é especial e único(a) de alguma forma.

10. Mesmo quando você faz a maior burrice de sua vida, algo de bom acontece.

11. Quando você pensa que o mundo virou as costas para você, pense bem: você pode ter virado as costas para o mundo.

12. Quando você acha que não tem a menor chance de conseguir algo provavelmente você não conseguirá. Mas, se você acreditar em si mesmo(a), cedo ou tarde você conseguirá.

13. Sempre se lembre dos elogios feitos a você, nunca das palavras rudes.

14. Sempre diga às pessoas o que você sente sobre elas. Você se sentirá bem melhor.

15. Se você tem um grande amigo, faça com que ele saiba disso.


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